No fio da navalha! E de gravata vermelha!
A Square Enix e a IO Interactive trazem para os fãs de espionagem uma tentativa de reboot da série Hitman e do nosso já conhecido agente 47 mostrando sua velha e boa forma.
O Universo analisou este novo capítulo, e, quando eu digo capítulo estamos falando da forma mais literal possível! Este é o sexto jogo da série e diferente dos demais foi lançado em formato de episódios. Ao longo de 2016 teremos o lançamento de sete episódios que acontecerão em localidades distintas.
Como se trata de uma tentativa de reboot por parte das duas empresas o game foi batizado apenas como Hitman.
Confira abaixo a nossa análise e veja se eles conseguiram se superar!
Como em toda a franquia Hitman a história é bem rasa, ao menos dentro deste primeiro episódio. O que sabemos no prólogo é que nosso agente perdeu a memória e foi aprovado pela Agência Internacional de Contratos (ICA).
Com isso iniciamos o jogo com nosso agente chegando em um complexo isolado, aonde ele passa por testes para saber se ele está apto a trabalhar executando estes contratos. Esse prólogo nada mais é do que um tutorial guiado, explicando as mecânicas e os comportamentos do jogo.
Após sermos aprovados estamos liberados para sair nesse mundão de meu Deus aceitando os contratos e fazendo o que um bom assassino de aluguel faz. Dar cabo de seus alvos!
Assim chegamos a Paris, aonde teremos que eliminar um casal inescrupuloso em meio a um desfile de moda. Você vai precisar aproveitar todas as possibilidades disponíveis, passando por vários níveis diferentes de segurança, descobrindo várias oportunidades e informações importantes ligadas ao contrato além de precisar entender como funciona o ciclo de cada um dos alvos, já que eles não estão juntos dentro do desfile.
Com tudo posto à mesa você precisa tomar as suas decisões e descobrir como cumprir este contrato e exterminar o casal.
A jogabilidade é uma velha inimiga da franquia. Ela sempre foi bem dura e sem aquela malemolência necessária e que já estamos acostumados em outros jogos em terceira pessoa. Mesmo podendo ser mais fluida, não é nada que vá fazer você querer jogar o seu controle na parede. Fica somente a ressalva de que a IO poderia ter repensado melhor em algumas combinações em certas situações.
Uma escolha que pode ser feita no início vai deixar os fãs de jogatinas mais hardcore felizes é a opção de desligar todos os auxílios do jogo. Com isso, informações sobre o ambiente, dicas sobre particularidades do mapa desaparecem, deixando tudo mais visceral.
O quesito online é bastante presente dentro de Hitman e aumenta muito o fator replay do jogo, pois além dos itens principais a serem feitos em cada uma das missões a comunidade pode criar e compartilhar novas missões com alvos e formas de concluir o contrato diferentes, fazendo com que cada investida seja diferente.
Outro ponto forte trazido de volta com bastante esmero é a furtividade. Bastante presente e parte necessária para cumprir certos objetivos. A forma de cumprir o seu objetivo também é digna de palmas, pois você dispõem de várias opções e formas para finalizar o contrato com sucesso.
O último ponto de destaque dentro da jogabilidade fica por conta da inteligência artificial do game. Diferente das versões antigas aonde imperava um sistema binário, aonde as situações aconteciam sempre que certas atitudes fossem tomadas, aqui nós nos deparamos com situações inesperadas e orgânicas, criando pontos interessantes dentro das missões dependendo das suas ações.
Hitman possui uma qualidade de áudio honesta, mas que poderia ter sido melhor trabalhada.
Os diálogos são bons e as atuações convencem (na dublagem original em inglês). Há uma enorme diversidade de vozes e diálogos interessantes que podem ser cruciais dependendo da estratégia adotada por você.
O ponto negativo, fica por conta da trilha sonora adotada. No geral faltou o capricho dos títulos anteriores. Em Blood Money, você já se sentia imerso no mundo de Hitman com a icônica Ave Maria tocando tocando no menu inicial.
No título atual, o tema é substituído por uma música totalmente genérica de filmes e jogos de ação. As transições entre ambientes dentro da fase também não são suaves, a música pode começar ou acabar de repente, causando um certo movimento não natural no jogo.
Os gráficos de Hitman têm os seus altos e baixos como uma bela montanha russa.
Neste primeiro episódio em Paris temos gráficos e texturas impressionantes, abusando da qualidade, com um número enorme e bem variado de personagens e movimentações das cenas extremamente fluídas como por exemplo a movimentação das modelos durante o desfile.
Já em outras áreas, principalmente em locais abertos e com uma grande quantidade de pessoas enfrentamos algumas quedas de frames, texturas lavadas e também em baixa resolução, além dos objetos com uma quantidade de polígonos baixa.
Esta nova aventura do agente 47 ainda está longe de ser a mais épica de todas, ainda mais se fizermos uma comparação direta com Blood Money, mas ela têm as suas qualidades.
O fato da Square e da IO terem dividido o game em 7 episódios pode fazer com que possíveis erros, problemas ou outras “cositas” mais possam ser ajustadas entre os hiatos de lançamento de cada capítulo.
O Pacote Inicial, contendo o prólogo e o primeiro episódio em Paris está disponível na Live com o preço sugerido de R$59,00, já a Experiência Completa têm o seu preço fixado em R$230,00.
Então caro amigo gamer se você é fã da série não deixe de conferir mais essa aventura deste careca mal encarado, temos certeza que você não irá se arrepender!
