O mercado de games durante muito tempo foi terra sem lei, ou melhor, sem reguladores, haja visto que ainda lá na era de 8 e 16-bits, empresas como a Nintendo se sentiam tão superiores que cobravam dos Devs para lançar seus jogos.
Não você não leu errado, a Nintendo cobrava os desenvolvedores para fornecer os cartuchos para os mesmos publicarem seus jogos e em muitos casos, exigia exclusividade em suas plataformas. Pratica que uma de suas parceiras a época vem utilizando até hoje.
Aliás, hoje a Sony não é mais parceira da Nintendo, uma vez que depois do projeto Super Nintendo Playstation ter sido abandonado pela Big N, a Sony utilizou o aprendizado para desenvolver seu próprio console e começar sua trajetória.
Ainda no Playstation original, a Sony começou a firmar parcerias a fim de tirar jogos de concorrentes, como pode ser observado em documentos da Sega vazados. A Sony queria impedir o avanço do Sega Saturn, para isto, fez acordos com empresas terceirizadas para tirar jogos do console da Sega. Curioso… não?
O modus operandi da Sony não mudou até hoje. E ainda podemos observar essa pratica que além de anticompetitiva, é uma das responsáveis por hoje não termos mais a Sega como uma fabricante de consoles.
Já imaginou se a Microsoft resolvesse utilizar o modus operandi da Sony? Comprar exclusividades, pagar Devs para não lançar os jogos no Playstation ou Switch, bloquear jogos de chegarem a PS Plus ou Nintendo Online… seria muito ruim, não é mesmo?
Afinal, a Microsoft atualmente tem um valor de mercado que passa dos US$ 2.7 trilhões, enquanto Sony está na casa dos US$ 144 bilhões e Nintendo US$ 55 bilhões. Sem dúvida a Microsoft tem capital para tornar o mercado algo muito diferente, no entanto, até agora tem dançado conforme a dança.
Até hoje Sony fez o que quis no mercado e nenhum regulador observou as práticas da empresa japonesa que entre outros “achieviments”, tirou a Sega do mercado de consoles. O problema para a Sony, é que a Microsoft não é a Sega, aliás, a gigante de Redmond não vai simplesmente deixar a Sony mandar e desmandar no mercado.
Sim, de fato a Sony ainda é a maior empresa de consoles de jogos do mundo, mas a que custo? Claro que o Playstation tem um legado monumental, mas o rastro de destruição que a Sony deixou na indústria para chegar onde chegou parece ter feito mais mal do que bem ao mercado.