Produzido pela Milestone e lançado em março de 2016, RIDE 2 chega incumbido de continuar o legado conquistado com seu antecessor, e o resultado é uma obra de arte.
Com mais de 200 motos, 30 diferentes localidades, 18 das mais famosas pistas, um arsenal invejável de possibilidades de personalização, e totalmente localizado no nosso idioma, RIDE 2 é um jogo completo. O Universo analisou o blockbuster e o resultado dessa experiência você confere agora.
Ride 2
As novas características proporcionam melhorias em vários aspectos do jogo. Além disso o estúdio não economizou no trabalho e proporcionou um jogo que consideramos ser um dos melhores sobre “duas rodas”.
A Milestone botou a mão na massa e fez a lição de casa, um dos maiores fatos – diferente do antecessor – é que desta vez realmente existem muitas motos, e considerando a prioridade na série, tudo foi produzindo para proporcionar uma experiência autêntica de motociclismo.
É nítido que cada moto foi meticulosamente trabalhada com atenção aos detalhes, a luz brilhando sobre suas superfícies sem perder nenhuma qualidade, mostrando toda a sua carroceria. Como se isso não fosse suficiente, cada uma tem sua informação desde a marca da moto e história dela e do fabricante. Isso significa que você pode realmente aprender muito sobre motos basicamente navegando pelos menus do jogo.
O Jogo
Desde o início Ride 2 mostra que não é apenas um jogo de simulação em duas rodas, mas sim uma imersão nas dezenas de opções presentes, como por exemplo a personalização de partes específicas jamais vista em tal produção!
Diferente do primeiro Ride, não é possível personalizar o rosto ou cabelo do piloto (se quer da pra remover o capacete pra ver a cara do cabra-safado). Porém a Milestone trouxe em Ride 2 uma condição muito mais sinistra.
Além de podermos personalizar as roupas é possível selecionar atributos para cada corrida a ser realizada. Além disso ao ser dada a opção de escolha da moto, com a qual correrá as primeiras provas, você ficará surpreso de ver tudo que foi pensado.
E não é só isso. A integração online do jogo, com novos atributos presentes, tornaram a experiência ainda mais interessante. A interação social (algo parecido com o Autolog dos jogos da série Need for Speed) foi expandida. As voltas em cada circuito, por exemplo, agora são registradas, para comparar com os recordes mundiais.
Modos de jogo
O jogo oferece o Modo Rápido, Turnê Mundial, Desafios e Multiplayer Online. O Modo rápido é composto de corrida rápida, contra o relógio e tela-dividida. Para aqueles que querem ir direto para a corrida, a Turnê Mundial será o seu porto de partida.
Esta é essencialmente uma campanha onde você faz uma série de corridas, e quando você termina está pronto para completar a temporada, aqui é onde mora o segredo para ganhar reputação, subir os rankings, bem como dinheiro para comprar motos e upgrades.
É no modo da Turnê Mundial que o bicho pega. Existem diversos campeonatos diferentes, para as diversas classes de moto disponíveis. Obviamente, nem todas as provas e motos estão disponíveis, você terá que “tocar” muito a sua motoca pra provar que merece passar para o próximo desafio.
Além das provas clássicas, foram adicionadas outras, como a “trajetória perfeita”. Nela, o jogador precisa percorrer um trajeto pré-determinado por cones delimitadores. E não pode contar com a ajuda da opção de trajetória ideal (aquela que marca na pista qual o melhor trajeto para percorrer). Dessa forma, não há aquela sensação de “reciclagem”. Como se tudo fosse trazido do jogo anterior.
Dificuldade
Ride 2 foi pensado para atuar e competir diretamente com outros simuladores do gênero, e cumpre seu papel quando o papo é dificuldade. Desativar todas as assistências chega a ser vergonhoso para um jogador casual ou aquele que pouco teve contato com motociclismo.
Eu, particularmente, sou um fanático por automobilismo, 4 rodas, nada de moto, garupa … confesso que ao iniciar o jogo não me atentei para dificuldade, só queria tirar o proveito desse super game, e foi um desastre. Mal consegui tangenciar as curvas, acertar a frenagem, competir com contra a inteligência …. foi feia a coisa! MAS … ao voltar ao menu e ativar opções importantes como controle de frenagem, ABS, e outros, pude realmente apreciar essa bela obra prima.
Gráficos
Fica claro que os visuais são também foram levados a sério no Ride 2, não só na construção das motos, mas também, fica evidente quando vemos a construção dos circuitos e do mundo ao seu redor.
O cenário é surpreendente, seja as vistas das montanhas ou a metrópole dos circuitos urbanos, e cada um tem seu próprio apelo e um estilo distinto. Mesmo as pessoas estão ótimas ao longo da pista, apesar de admitir que não as examinei em detalhes, pois estava totalmente focado em fazer minhas corridas valerem cada minuto deste jogo.
A coisa mais importante a observar sobre as pistas do mundo real no jogo são todas as reconstruções feitas de forma fiel, essencial para os fãs do esporte. Todos os tipos de circuitos estão no jogo, desde o International North West 200 na Irlanda do Norte até o Sportsland Sugo no Japão, todos recriados não apenas em termos de “pista”, mas também em área total, faixas e áreas de escape. Para ver circuitos reconstruídos com tal perfeição e ser capaz de correr sobre eles, torna a experiência de tirar o fôlego.
Em suma, nenhuma despesa foi poupada em tornar a experiência de Ride 2 visualmente espetacular.
Sonoplastia
O que é um jogo de corrida/simulação, seja carros ou motos, sem uma bela atuação da sonoplastia? E aqui também impressiona. Cada moto possui seu ronco próprio, mesmo aquelas da mesma fabricante. Chega a ser nostálgico ver motos antigas – ou novas – receber tanto cuidado com seu “som” original de fábrica.
Pontos Positivos
- Qualidade Visual e Sonora
- Torneios e Campeonatos Imersivos
- Ranking Mundial
Pontos Negativos
- Dificuldade para Principiantes
- Controlar uma moto não é fácil
- Encontrar amigos para jogar online
Ride 2 pode ser encontrado na Microsoft Store por R$ 249.00, PSN por R$ 229.00 ou Steam por $49
Análise Ride 2
