O jogo tinha tudo para matar a saudade do gênero, mas…
Quem me conhece sabe que não curto muito associar ou comparar jogos uns com os outros, mas em algumas situações não tem jeito. Nossa análise se baseia no Road Rage, game desenvolvido pela Team 6 Studios e publicado pela Maximum Games, que teve seu lançamento no 14 de Novembro de 2017, mas vocês vão ouvir um pouco sobre o título original do mesmo gênero.
Não teve jeito, desde que ouvimos falar do de Road Rage a nossa alegria veio a tona, afinal, nos vídeos liberados antes do seu lançamento ficava claro que nós estávamos frente a frente com um jogo de um gênero que havia sido criado com o incrível Road Rash (1991) e até então esquecido pelos desenvolvedores.

Ai você pergunta; Road Rage e Road Rash são mesma coisa? #SQN. Road Rash teve seu início em 1991 e teve seu desenvolvimento originalmente feito para Mega Drive e foi convertido para diversos outros sistemas. Entre 1991 e 1999 foram lançados seis versões diferentes. Dentre as inovações trazidas por Road Rash temos o seu elemento de combate. O jogador pode brigar com outros motociclistas usando armas de mão. Com os próprios punhos podia roubar armas dos adversários e usá-las. Entre as armas disponíveis na série estão pé-de-cabras, cassetetes, nunchakus e correntes. As brigas eram engraçadas e bem intuitivas, cair no chão não era uma opção. E sobre essa questão que vamos nos basear.

Road Rage tentou herdar o legado acima, e infelizmente, por mais que eu queira gostar, foi meio decepcionante. O jogo não inovou …. em nada, e de certa forma, falhou de forma bem drástica na sua composição como um todo. Se estamos falando de um título onde você precisa pegar uma moto, cair na estrada e sentar a porrada nos competidores, então faz isso DIREITO PORRA! Chega a ser bizarro o sistema de pancadaria do jogo. Tirando a missão que você precisa matar 2 Motociclistas, você nem precisa usar sua arma.
Posso garantir quase todos os aspectos do jogo como sendo muito abaixo do esperado, incluindo o combate, condução, presença de inúmeras falhas, gráficos pobres e mundo vazio. Uma das coisas que mais me emputeceu foi as dezenas de vezes em que o jogo “crashou” e fechou na minha cara, tendo que reiniciar e refazer boa parte da campanha.
Para vocês terem ideia, durante minha busca pelos 1000 pontos de Conquistas; aquela que você precisa ‘acertar’ 1000 pedestres (com sua arma, não com a moto) o jogo fechou na minha cara 2 (duas) vezes.
Pra quem tentou fazer essa, sabe a dificuldade que é, e o tempo que leva. A cada vez que o jogo ‘travou’ na minha tela, tive que reiniciar, pois nada funcionava, e quando voltei tinha perdido cerca de 200 pedestres. Isso aconteceu 2x. Logo me deixou muito PUTO, de ter que gastar horas pra fazer tudo de novo.
Ainda sim, entre tudo que foi falado, pensei: Vou curtir a campanha! Ah vá … Não tem nada de desafiante, mesmo nas missões ‘Difíceis’, é só você ultrapassar os adversários e chegar em primeiro. Sem nenhuma dificuldade (a não ser evitar os bugs). Pensei em curtir a trilha sonora, mas parei depois que me liguei que o jogo possui 3 ou 4 (talvez 5) músicas que repetem de forma estressante … tive que jogar sem o fone de ouvido.
Infelizmente essa foi a análise mais triste que já fiz. Sou um grande fã de jogos, e jogo sem me preocupar com gráficos ou uma beleza extrema. Eu jogo para me divertir, e garanto, que já passei mais tempo jogando Indies que Títulos AAA no mercado. Eu tentei analisar o jogo em todos os detalhes, e olha que eu joguei muito, muito, muito! Pra aqueles que gostam de números, tá ai a “proeza”.
Se você se animar ao menos em gastar cerca de 1 dia e meio da sua vida caçando 1000 pontos de conquistas o jogo custa R$ 129 na Microsoft Store.