Em um caso antitruste da Google, que terminou na condenação da empresa por práticas anticompetitivas, a Apple “humilhou” o Bing, mecanismo de pesquisa da Microsoft.
Na condenação da Google, o juiz Amit Mehta condenou a empresa por práticas anticompetitivas, afirmando que a empresa é “monopolista” e citou vários meios que foram utilizados para manter a empresa no topo do mercado de engines de busca na internet. Segundo uma pesquisa, cerca de 91% das pessoas usam o Google como sua ferramenta de busca padrão.
Durante o julgamento, vários representantes da Apple foram convocados para prestarem seus depoimentos, onde afirmaram que a Google paga “grandes somas de dinheiro” para manter sua ferramenta de busca como o padrão nos navegadores Safari, que envolve o iPhone, iPad, Macbook e Mac. Ainda no depoimento, os representantes afirmaram que a empresa recebeu US$26 bilhões em 2021 para manter o Google no Safari.
No entanto, nem tudo envolve dinheiro. Os representantes da Apple também afirmaram que não existe outra solução comparável no mercado, citando diretamente o Bing. Ao comentar sobre a engine de busca da Microsoft, os representantes afirmaram que a Microsoft pode “oferecer todo o dinheiro do mundo”, mas nenhum tipo de alteração será realizado nos mecanismos de busca do Safari.
Os representantes da Apple também afirmaram que a Microsoft já ofereceu compartilhar 100% das receitas oriundas de anúncios no Bing, mas que também foi recusado. Por fim, um dos representantes da empresa da Maçã, o CEO Tim Cook, afirmou que terminar o acordo com a Google poderia “causar danos fiscais“. Confira:
“Não acredito que haja um preço no mundo que a Microsoft possa nos oferecer. Eles se ofereceram nos dar o Bing de graça. Eles poderiam nos dar toda a empresa [que não mudaríamos].É um ótimo produto para nossos clientes e queríamos que eles soubessem que estão recebendo o mecanismo de pesquisa do Google. É uma relação simbiótica. O Google é o melhor mecanismo de busca.”
Vale lembrar que a Microsoft já tentou vender o Bing para a Apple em 2018. No entanto, após várias descobertas de problemas com a qualidade de pesquisa da ferramenta, a Big-Apple optou por não adquirir a plataforma e continuar a usar o Google, sua maior rival no mercado de dispositivos móveis, no Safari.
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