O novo projeto da Bethesda vai muito além de “apenas um jogo”. E carrega consigo um peso e uma responsabilidade ímpar para o nome e o futuro da marca Xbox.
Há muito tempo não se via a Microsoft apostar e acreditar tanto em um jogo, colocando literalmente todas as suas fichas em um projeto novo. E não é para menos.
Starfield é o primeiro grande projeto lançado pela Bethesda Game Studios após ser adquirida pela Microsoft. O jogo é o “projeto dos sonhos” de Todd Howard, que diversas vezes disse em entrevistas que sempre sonhou em fazer esse jogo.
Do renomado estúdio e do diretor de The Elder Scrolls: Skyrim e Fallout 4 é facil de entender o porque de tanta ansiedade sobre Starfield. Mas como eu disse, esse projeto vai muito além de um simples jogo.
O sucesso desse jogo pode facilmente determinar uma nova visão que o público geral tem sobre a marca Xbox. Imagem essa que, convenhamos, ficou muito marcada negativamente após os graves deslizes com o Xbox One. Além de aumentar ainda mais o grau de ansiedade e otimismo para os próximos projetos que estão por vir de todo o Xbox Game Studios. Além de colocar uma ótima perspectiva sobre essa onda de aquisições da Microsoft.
Por outro lado, se o jogo não for bem com a crítica e a recepção do público, seja por problemas técnicos ou promessas não entregues, o cenário pode ser caótico. Acrescentando motivos para os que ainda mantém a má vontade e/ou falta de fé com os frutos da plataforma. Será uma mancha no Game Pass, pois vemos o quanto o marketing faz questão de enfatizar a grandeza que é um jogo desse escopo lançando e um serviço por assinatura. E principalmente, as futuras aquisições poderiam ser vistas com maus olhos, como se a fusão pudesse ser autodestrutiva para o estúdio ou publicadora adquirido.
Mas e para nós, fãs da marca de longa data, o que vai afetar de fato?
Até aqui, eu citei e dei exemplos de como seria um suposto cenário pós lançamento de Starfield, positivo e negativo. Mas no geral, com a perspectiva daqueles que não estão ou ainda não fazem parte da comunidade Xbox.
Veja bem, Starfield está vindo para ser um system seller um jogo que será usado para vender Xbox e, principalmente, trazer mais e mais assinantes para o Game Pass. É o jogo que será o espelho da plataforma por muitos anos, um motivo de compra e um exemplo de comparações e referência. Tal qual as outras fabricantes de consoles também tem os seus. Então pensar no quão bom ou ruim vai ser a percepção de quem ainda não está na nossa comunidade é normal e necessário.
Mas e para nós? O que muda?
Nós que acompanhamos a marca há anos, já vivemos bons e maus momentos, fizemos amigos e construímos uma biblioteca de jogos incríveis, é claro que um lançamento ruim de um jogo extremamente aguardado não fará com que a gente jogue tudo para os ares e abandone a plataforma. Com certeza não. Mas será inegável a frustração e decepção caso não entreguem aquilo que estamos aguardando.
Por outro lado, se houver um bom lançamento, a marca continua em sua boa maré. Pararemos de ver notícias tendenciosas por um tempo e veremos mais pessoas vindo fazer parte da nossa comunidade. E isso é ótimo.
Para os entusiastas, eu me incluo nisso, Starfield é uma incógnita e uma esperança. Altamente aguardado e ambicioso. Se será um definidor de parâmetro para a marca e isso refletirá em suas vendas e assinaturas, isso não há duvida. Mas no fim do dia, cada um vai comprar o console que quiser. Jogar o que quiser. E se divertir com o que achar melhor.