Ghost Recon foi lançado em março de 2017, e como todos que estão habituados com sua saga, o jogo sempre foi muito famoso pelo seu PvP.
O seu antecessor, o Ghost Recon Future Soldier, apesar de não ter sido muito bem aceito na época – ainda mais em um período onde o Call of Duty estava dominando – tinha um PvP extremamente competitivo. Algo que os outros jogos da época não ofereciam tanto, principalmente a parte tática/cooperativa onde a qualidade do time sempre se colocava acima de habilidades individuais. Ghost Recon Wildlands
O PvP inclusive, sempre foi o ponto forte (como citado acima) da série Ghost Recon. Com o lançamento do Wildlands, muita gente ficou ansiosa em como seria este modo, porém Wildlands foi lançado sem PvP, apenas com um modo cooperativo (bem divertido por sinal). Nem tudo estava perdido, já que a desenvolvedora avisou que o modo de combate entre pessoas seria entregue em breve.
Não sei ao certo qual foi a estratégia em si da Ubisoft. Talvez por causa de The Division e o Rainbow Six Siege, eles não queriam mais um PvP para competir com seus próprios jogos. The Division estava começando a se firmar e o Rainbow Six Siege crescendo, principalmente com campeonatos internacionais. Muito provavelmente não quiseram que o Wildlands pudesse tirar um pouco da hype dos outros dois jogos.
But, what could possibly go wrong with it?
A questão é, no começo, praticamente focaram apenas na campanha principal do Ghost Recon (que é ótima por sinal), mas sabemos que jogos assim possuem vida útil muito curta e muita gente se desfez do jogo físico, vendendo ou trocando por outros jogos, assim que tinhamo terminado a campanha. Apenas 8 meses depois do lançamento, a Ubisoft abriu o modo tão esperado PvP do Ghost Recon: Wildlands, com o Season Pass Ghost War.
But once again, DISASTER.
Se não bastasse o número de pessoas que simplesmente abandonaram ou saíram do jogo por terem terminado a campanha, os poucos que sobraram tiveram uma das piores experiências possíveis: bugs, glitches, crianças entrando e saindo da partida, classes desbalanceadas etc …
Ou seja mesmo a Ubi soltando o patch de correção praticamente 1 mês depois do lançamento, muita gente acabou abandonando o jogo. Mas aí vem a boa notícia, o patch realmente corrigiu todos os problemas citados, até o loading ficou bem mais rápido e o PvP se tornou finalmente jogável, e claro, ‘fodástico’.
O PvP do Wildlands é uma mistura de Rainbow Six Siege com Battlefield. E ele traz o melhor dos dois lados;
– Ultra realidade do Rainbow Six Siege, combates 4v4, esquema de jogo que beneficia mais a tática do time do que habilidades individuais, ou seja, ou você joga em equipe ou não irá sobreviver, quem gosta de Rushar, dificilmente terá chances dentro do jogo.
– E por conta do Battlefield, a batalha em mundo aberto, cenários que podem ser destruídos, grande quantidade de armamento, classes, e a ajuda do próprio mapa para se camuflar, esconder ou utilizar de forma estratégica para atacar o outro time.
Diferente dos outros jogos de multiplayer que temos por aí, o PvP do Wildland tem uma preocupação específica com a realidade (em 90% dos casos), podemos discordar de drones que curam ou postos de abastecimento de vida, mas no geral você se sente em um campo de airsoft ou paintball, não dá para sair correndo, não existe jogar sem o time e aqui, o time se torna mais importante do que no próprio Rainbow Six Siege, por 2 motivos:
– Existem muitas classes, dezenas…E essas classes podem se completar de acordo com as classes que o time escolhe.
– Se alguém da equipe morre, você tem como salvar essa pessoa. Muitas vezes em equipes que não se ajudam, sempre termina a partida com 4×1 e inevitavelmente com a derrota do time.São no total 21 classes que você pode abrí-las comprando as DLCs ou jogando e comprando os personagens com pontos que cada em cada partida. Durante o lobby, você escolhe a classe que quer e isso tudo vai variar de acordo com o tipo de mapa, clima e o horário (sim, horário…Se o jogo é de noite, de manhã, a tarde…Tudo isso influencia nos equipamentos que você irá utilizar).
Uma vez dentro da partida, você terá algum motivo específico como resgatar um refém, proteger um refém, acionar uma torre ou um radio, mas basicamente são 3 modos: Ou deathmatch, ou atacar um objetivo ou defender um objetivo.
Os mapas são organizados geralmente em matas fechadas, onde o centro do mapa pode ser composto por algum tipo de construção como casas ou galpões. Alguns mapas possuem menos vegetações, mas a maioria são florestas/matas.
Ganha o jogo a equipe: que cumprir os objetivos ou matar todo o outro time em melhor de 3 rodadas.
Mas o que mais encanta no jogo é a realidade (no âmbito estratégico). Com certeza, para quem curte Rainbow Six 6, Counter Strike, Battlefield, PUBG, jogos que prezem mais realidade de combate (diferente de Overwatch, Fortnite) com certeza vai gostar muito do jogo. Acredito que o único ponto negativo são as DLCs, já está no segundo ano de season pass que fará com que o preço do jogo mais as DLCs, possam chegar na cifra de 300 a 400 reais pelo menos. Lembrando que as DLCs não são obrigatórios mas claramente te tomará mais tempo para conseguir habilitar todos os personagens.
Para se ter ideia, os novos personagens que podem ser adquiridos de forma instantânea com a Season Pass, já precisa chegar pelo menos a level 50 para conseguir pontos de prestígios para comprá-los, isso para quem não possui a Season Pass.
Mas tirando isso, o PvP do Ghost Recon: Wildlands é fantástico e se você joga um dos jogos citados no texto deveria dar uma chance ao GR e experimentar, porque com certeza irá curtir. É um jogo que hoje passa despercebido pelo erro de timing da Ubisoft em gerenciar seus lançamentos.
E por último, mas não menos importante, uma partida com outros 3 amigos juntos faz muito mais diferença no quesito diversão.