Aquela evolução de respeito em uma das melhores séries da história dos games
O terceiro título da série desenvolvido pela Eidos Montreal em conjunto com a Crystal Dynamics e publicado pela Square Enix, foi lançado em 14 de setembro de 2018 e sem sombra de dúvidas Shadow of the Tomb Raider era um dos jogos mais aguardados (senão o mais aguardado) do ano. Análise Shadow of the Tomb Raider
E para quem já jogou os títulos Reboot de ação-aventura da série (Tomb Raider Definitive e Rise of the Tomb Raider) me pergunta: O novo ‘Shadow’ é tão diferente assim? Existe alguma novidade? Da para ir mais longe com o título? E é exatamente isso que vamos nos basear para esta análise.
Antes de começar quero lembrar que Rise of the Tomb Raider (título anterior a Shadow of the Tomb Raider) está disponível no Catálogo Xbox Game Pass. Portanto, da para sentir bem o gostinho de como é estar no comando da nossa querida Lara Croft.
Desde Março deste ano, quando a desenvolvedora apresentou os primeiros videos conceito do jogo, a Hype já grande, assim como a expectativa de todos nós. Bastou vídeos de gameplay serem lançados para os ‘especialistas da internê’ começassem um ‘carnaval’ de suposições e previsões sobre o jogo.
Muitos apontavam ‘Shadow’ como um título acima de todos os outros da série, e outros, já diziam que era mais do mesmo, simulador de caminhada e tudo mais. Mas, como era possível tal afirmação ser considerada por nós jogadores enquanto o jogo ainda estava no seu desenvolvimento? Eu posso dizer, lembro que quando joguei Tomb Raider Definitive Edition, e Rise of the Tomb Raider consequentemente, pensei: Não dá pra melhorar! E DEU!
Um dos comentários que mais ouço é: “Chegaram num ponto onde é impossível melhorar o jogo”. Será verdade mesmo?
Desde o primeiro momento em que abri o novo jogo, tive a impressão de estar mergulhando em uma produção muito mais envolvente que as anteriores, não digo pelos gráficos, nada disso, mas pela ambientação, história, o jeito de como a narrativa foi construída.
Desta vez estamos falando de uma história que segue logo após ‘Rise’. Nossa arqueóloga se aventura em uma expedição pela América Latina em busca de uma relíquia que tenha ligação com o seu falecido pai. E é ai que o bicho pega, a Trindade – Organização Criminosa Paramilitar – também está atrás dessa belezinha para – digamos assim – conquistar o mundo: MUA HA HA HA HA (risada maligna #SQN).
É claro, mais uma vez, Lara vai enfrentar uma turminha da pesada em altas aventuras (Voz da Sessão da Tarde).
Ao iniciar a jornada, por cerca de 10-15 minutos, você passará por uma série de cinemáticas e vídeos, controlando o personagem quase que de forma Rara. E para quem esta pensando que o o início do jogo é ‘pasmo’, se enganou, é exatamente neste momento em que o jogo te convida a participar do seu supra sumo. Não existe um tutorial, aos poucos você vai tendo que aprender o que fazer na marra, baseado em pequenos alertas visuais que aparecem na tela. Pressione “X” para isso “A” para aquilo, e vamos seguindo em frente.
Assista nossa Live com os primeiros minutos do jogo
Foram nesses 15 primeiros minutos que me apaixonei completamente pelo que estava vendo. O seu visual, a entrega histórica, os detalhes … numa pesquisa rápida verifiquei que o cenário e sua narrativa foram construídos inspirados nas mitologias Inca e Maia, o que inclui um foco apaixonante no Sol, no Sacrifício e nas idades da humanidade.
“A equipe consultou historiadores para garantir que suas representações culturais fossem precisas e respeitosas.”
Depois de eu ficar babando por tudo, comecei a me envolver na história. O jogo segue as raízes dos jogos anteriores, e, para aqueles que falaram sobre “Simulador de Caminhada”, LHE-DIGO-LHES uma coisa, joguem primeiro! Sim você caminha, e explora dezenas de lugares, o que acaba te consumindo um tempo a mais, diferente de só partir para a pancadaria contra os inimigos.
Shadow of the Tomb Raider traz uma pegada diferente, uma mistura com quebra-cabeças e furtividade de te deixar envolvido de ponta a ponta. Alias por falar em furtividade, esse atributo vai te salvar em várias partes do jogo, onde será possível manter a Lara longe combate. Nos modos mais fáceis, nem é tão necessário, mas experimente aumentar a dificuldade e sair perambulando igual uma barata tonta no meio do caminho pra ver se você não ‘vai pra cova’ rapidinho.
Os quebra cabeças então são um show a parte, e antes que você me pergunte, sim, vai te deixara travado por alguns (bons) minutos te fazendo queimar neurônios para descobrir como sair do lugar. Resgataram um pouco do que foi feito em décadas anteriores, algo que faz você pensar mais e lutar menos, eu particularmente gosto.
Ao me aprofundar um pouco mais na questão da Mecânica e das novidades desse novo título, percebi que o jogo agora permite que seus jogadores possam trocar recursos, recuperando peças e armas pela cidade. Alguns dos outros destaques ficam por conta dos novos controles de mergulho e natação, que permitem deixar o personagem mais tempo em baixo d’água utilizando bolsões de água para recuperar o fôlego, além do novo sistema de rapel (utilizando uma corda) para descer penhascos.
Assim como nos seus antecessores, você terá acesso ao acampamento onde pode distribuir os pontos ganhos durante o jogo em 3 diferentes Habilidades. Você deve utilizar o sistema de menus, desbloqueando as habilidades de combate, exploração e coleta de itens conforme o seu estilo de jogo exige, através de pontos de habilidades ou avançando no game. O sistema é o mesmo, porém a coisa mudou bastante. É vital conhecer cada atributo antes de fazer sua compra. LEIA! Não compre a esmo.
O game traz muito mais túmulos para serem explorados do que os anteriores da série, permitindo que você personalize sua experiência de formas diferente seja na exploração, nos puzzles ou no nos combates em diferentes dificuldades.
Se o seu negócio é partir para a pancadaria, pode ficar tranquilo(a), Shadow of the Tomb Raider foi aprimorado em diferentes questões que podem te dar uma grande vantagem antes de entrar em combate. Além da furtividade (que já falamos antes), Lara equipa novas e melhoradas armas que vão ter um papel importante no decorrer da história.
Outra coisa é o um novo Modo de Imersão que te permite ouvir conversas de fundo em idiomas nativos ou naquele que você achar melhor. Isso eleva a experiência do jogo em patamares jamais vistos.
O trilha sonora do jogo é assinada por Brian D’Oliveira, que tem grande habilidade com instrumentos sul-americanos. Durante a gravação trabalhou com músicos nativos para alcançar o som certo para cada local.
Com isso a equipe resgatou o “The Instrument”, um instrumento de percussão especialmente criado criado para a trilha sonora do reboot de 2013. O instrumento foi usado para ajudar a transmitir os aspectos primordiais do personagem de Lara, além de referenciar sua aventura em Yamatai no jogo de 2013.
Exploramos cada pedacinho do jogo, cada túmulo, cada pedaço do mapa, não pulamos nenhuma Cut Scene (Somos ‘Própray’ – Piada Interna), nos deslumbramos com tudo o que vimos, ouvimos e sentimos apresentado pelas produtoras e desenvolvedoras.
Nós analisamos Shadow of the Tomb Raider em um Xbox One X com uma cópia gentilmente cedida pela Square Enix e sua assessoria aqui no Brasil. E sim, o jogo está totalmente localizado para o nosso idioma além de possuir legendas em PT-BR para quem quiser jogar em sua língua original.
Shadow of the Tomb Raider já está disponível e pode ser comprado na Microsoft Store por R$250,00.