As definições de jogabilidade cooperativa foram atualizadas com sucesso
Desenvolvido pela Hazelight Studios e publicado pela Electronic Arts, A Way Out é um game de ação-aventura dirigido pelo brilhante Josef Fares – conhecido mundialmente pelo maravilhoso Brothers: A Tale of Two Sons. A Way Out – Análise
Anunciado na E3 de 2017, A Way Out gerou enorme expectativa quando revelado que sua campanha só seria possível se jogado entre duas pessoas através do sistema cooperativo seja via Split Screen ou Multiplayer Online, e que, além disso, você não precisa comprar o jogo caso algum amigo o tenha, é só receber o convite e se divertir de graça. O jogo ainda trás outras façanhas e é exatamente sobre tudo isso que vamos falar nesta super experiência que começa agora.
Eu nem deveria começar a escrever essa linda análise comentando sobre isso, mas, ME DEIXA PUTO ver vários comentários ofensivos contra o jogo por parte de várias pessoas espalhadas por esse meio lindo e maravilhoso que chamamos de Internet.
Sem brincadeira, vi pelo menos umas 10 pessoas diferentes falando “Ahh, nossa, O GRÁFICO DO JOGO É UMA MERDA“
Seguinte bando-de-bardeneiros, tão vendo essas imagens abaixo? Esse é FODÁSTICO “Alone in the Dark” Original, lançado em meados de 1990; versão CAPADA, sem DLC, sem Gráficos HD, sem a porra toda que é preciso ter hoje em dia pra vocês pararem de encher o saco.
Ta vendo esse negócio Roxo com uns dentes do demônio pra fora? Esse outro negócio verde com uma roupa parecendo que vai pro desfile de escola de samba? Isso eram fodendos ZUMBIS e BICHO PAPÃO … e você se assustava pra karaio só de ver e ouvir esses trecos aparecendo do nada.
Esse bagulho todo destorcido que você ta vendo acima, era o SUPRA SUMO PIKA DA GALÁXIA na época que a maioria de vocês ainda eram só projeto na barriga da mamãe. Em outras palavras o gráfico não importava (e não importa ainda), era apenas a diversão que nos deixava presos cada vez mais nesse mundo dos Games.
Então, antes que eu esqueça, VÃO CATAR COQUINHO. Agora sim, já estou menos estressado, aliviado, vamos voltar a análise.
A Way Out já havia sido divulgado e muito especulado pelam mídia pela possibilidade de jogabilidade apenas entre duas pessoas, estejam elas conectadas presencialmente ou virtualmente. O fato de um novo formato estar sendo apresentado, já levantava no mínimo muitas perguntas, e claro, encheção de saco generalizada.
Para comemorar este lançamento, fizemos uma campanha Ao Vivo – como vocês podem ver abaixo – e nela fui tendo as primeiras reações das formas mais diferentes possíveis. Eu estava diante algo novo, no mínimo inusitado, então nada mais justo do que me fechar naquele mundo, e naquele momento pensar como os Desenvolvedores para poder ter a melhor experiência possível.
Nos primeiros minutos ficava claro que o foco não eram os gráficos (alias jogo não precisa de gráficos para divertir) e sim toda ambientação e criação de um mundo onde você e mais um amigo(a) poderiam se transportar por algumas horas, para sentir na pele como é ter que depender de uma ‘amizade’ para atingir os objetivos.
O jogo é MUITO mais que gráficos: O jogo é uma história, é um envolvimento, é um conhecimento. Portanto, se você não consegue ter uma opinião civilizada, uma opinião digna de um debate saudável, é melhor começar a pensar diferente.
Logo no início da história você tem a ‘difícil’ missão de escolher entre Vincent Moretti ou Leo Caruso (meu chará), ambos personagens emblemáticos e cada um com um passado sinistro. Escolha feita, é hora de assumir a interpretação deste personagem e torcer para seu amigo fazer o mesmo com o outro, já que, sem a sua ajuda não será possível completar os principais requisitos da história. E é sobre isso que quero falar.
A Way Out possui uma mecânica única e exclusiva, e ele recebeu um novo formato de cooperação. Seja para encontrar uma saída, uma ferramenta para elaborar o plano de fuga ou até chegar com a voadora no peito dos inimigos, cada passo pode ser observado em ambas as telas do jogo.
Em determinadas situações, você precisa focar apenas no seu lado da tela, enquanto seu amigo, deve prestar atenção em outros detalhes para que a missão seja concluída com sucesso.
Lembro que em uma das passagens do jogo você deve escalar uma parede para atingir a saída de um dos níveis da prisão – uma das mais emblemáticas inclusive, me mostrou que não é preciso só sincronia entre ambos jogadores, mas nitidamente, a confiança entre parceiros para concluir o desafio.
A tensão entre eu e meu amigo era total, se um fizesse um movimento mais rápido que o outro dava tudo errado, e por várias vezes nos pegamos conversando sobre acertar a sincronia para não errarmos.
Esse tipo de sensação me trouxe uma certa nostalgia. Não nego que hoje em dia não exista a cooperação entre jogadores em dezenas de jogos, porém, a forma que A Way Out nos é apresentada nos contamina a cada passo.
De encontro com isso temos uma jogabilidade bem simples e objetiva, nenhum mistério no controle, tudo até parece bem metódico e, como numa narrativa, você pode até prever o que deve ser feito, ou encontrar os acessos aos objetivos com facilidade, porém, é exatamente nos momentos de tensão que seus movimentos precisam ser certeiros.
A combinação é bem interessante também: O seu personagem precisa estar atento a todos os detalhes da cena; não só da sua câmera, mas também da câmera do seu parceiro. Você pode até tentar ficar bizolhando a outra parte da tela, mas vai ter que se ligar que algo de errado vai acontecer com você.
Não se esqueça que você não precisa comprar o jogo, se um amigo(a) comprou, é só você baixar a versão de avaliação e pedir para que te envie o convite. Uma puta mão na roda para todos nós, ideia genial.
Não pensem que pelo fato de tudo sair muito perfeito nos primeiros capítulos do jogo, tudo será contemplado com uma facilidade enorme. Tsc Tsc Tsc nada disso senhoras e senhores, todos nós teremos uma vida difícil a partir de certo ponto, e é ai que o entrosamento entre História + Ideia + Raciocínio + Cooperação entra, e você terá ótimos momentos na companhia de um amigo. Agora só testa saber quem vai te acompanhar nessa.
A Hazelight conseguiu criar várias formas de prender a sua atenção sem que possamos nos ligar que estamos fazendo aquilo evidentemente. É engraçado pois ao mesmo tempo que você pode ver tudo que acontece, sabe que precisa manter o foco e cuidar do seu quadrado, pois em algum momento a história vai virar contra você.
Fora isso, temos uma porrada de Cutscenes (Vídeos), onde nos é contada a história de Leo e Vincent, e detalhe, não da pra pular ou cortar o diálogo, temos que assistir até o final. Porém, fiz isso com maior prazer, cair de cabeça no comportamento e nos diálogos dos personagens te rende explicações sobre os próximos movimentos.
Depois de todas essas observações me peguei pensando; sim é possível que estejamos de frente com um dos lançamentos mais interessantes dos últimos tempos, onde não é necessário uma qualidade gráfica incrível, ou uma história com milhões de horas de gameplay para estarmos satisfeitos.
A Way Out já está disponível na Microsoft Store por R$109 (R$98 para assinantes EA Access), R$109 na Playstation®Store por e no Origin por US$29.99.