Um sonho que se torna realidade
Anunciado durante a conferência da Microsoft na E3 2017, Dragon Ball FighterZ trouxe um sentimento que há muito eu não sentia, e imagino que muitos da minha idade também. Dragon Ball FighterZ é um sonho de criança se tornando realidade: um jogo de luta de Dragon Ball, em 2D, com gráficos e movimentos fiéis aos do anime. analise Dragon Ball FighterZ
Desenvolvido pela Arc Systems Works (Blaze Blue e Guilty Gear), o game traz jogabilidade extremamente simples e nível de diversão que dificilmente será superado por outro game de luta tão cedo. Esta análise será feita com o coração, pois não há outra forma de se analisar um game como este.
Dragon Ball em sua essência
Poucas produções de entretenimento possuem um potencial tão grande para produtos e derivados como Dragon Ball. O nível de carisma dos personagens e dos enredos é de empolgar até o mais duro dos corações. E com Dragon Ball FighterZ não foi diferente. Desde a abertura, passando pelo Lobby Central e as cut scenes antes das lutas, o game insere o jogador dentro do universo da franquia sem a menor cerimônia.
Fãs, como eu, se emocionam a cada detalhe. Eu mesmo escolhi o avatar de “Piccolo Casual” para me guiar no lobby. Me pego rindo sozinho só de olhar para o Namekuseijin de boné. É muito carisma. É muito amor. Nas fotos eu deixei o Piccolo tradicional. Sim, eu gosto do Piccolo.
Uma pena que, para nós, do Brasil, o jogo não foi dublado. Esse foi o maior e mais dolorido pecado. A Bandai, que é quem publicou o game, poderia ter pensado nisso. Talvez em uma continuação isso seja corrigido. Outro ponto que merece destaque é o número de personagens: 24. Sinceramente, poderiam ser mais. Mesmo com DLCs sendo prometidas, deixou a desejar.
Jogabilidade dos sonhos
Não é difícil jogar Dragon Ball FighterZ. Claro, se você quiser se aventurar nas lutas online – além de ter sorte na conexão -, vai precisar evoluir suas habilidades, escolher o time de lutadores certo e dar aquela ‘apeladinha’ básica. No entanto, para quem apenas quer se divertir, é o jogo de luta perfeito.
Os personagens, por mais que possuam golpes básicos e combos que podem ser executados apenas com um botão, carregam suas peculiaridades e diferenças entre si. Não pense que nomes como Yamcha, Kuririn e Capitão Ginyu são inúteis frente aos saiyajins. Eles podem ser excelentes aliados em meio ao combate e até mesmo fazendo uso de suas técnicas especiais.
O modo de tag team, aliás, é bem parecido com o de Marvel vs Capcom, porém com efetividade muito mais aprimorada. É muito importante escolher o time certo. Por vezes, no online, enfrentei times apenas com “Gokus”, um erro primário cometido pelos jogadores. Nem sempre esse time pode ser o mais útil, já que o auxílio e combinações possíveis com os especiais podem não “casar” muito bem.
De todo modo, a área de treino é bem completa e dá toda a possibilidade de se conhecer cada personagem, cada golpe.
De negativo, foi a ausência de um combo breaker. No entanto, nada que chegue a atrapalhar, pois existem outras maneiras de se esquivar dos combos e executar contra-ataques. Saber defender é essencial. Uma dica: se veja dentro de um episódio de Dragon Ball para lutar. Sério, ajuda muito!
Boa variedade nos modos de jogo
Apesar de a Bandai estimular que fiquemos sempre online em DBFZ, existem modos off-line bem interessantes a serem explorados. O História, claro, que traz uma trama bem legal e essencial para a abertura de um personagem extra; o Arcade, que propõe um desafio muito maior e que também serve para abertura de novos lutadores; a Batalha Local, em que lutas e torneios podem ser feitos presencialmente e o próprio modo de treino, que traz desafios de combo e tutoriais.
No online, que chega a ser irritante por causa da péssima qualidade dos servidores em todas as plataformas, os modos são o Ranqueado, Casual, Arena, que são bem parecidos, e o Ringue, onde é possível criar uma sala reservada de até oito jogadores e que regras podem ser definidas paras as lutas, uma boa saída para quem não quer esperar para achar alguém nos modos anteriores. A Art Systems Works já avisou que uma atualização está programada para o fim de fevereiro para o conserto da conexão. Espero que ela venha mesmo.
Gráficos dignos de uma Genki Dama
Um dos pontos mais altos de DBFZ é a parte gráfica. Que capricho! Tudo é muito perfeito. Animações fidedignas ao anime e efeitos, sombras e explosões sensacionais.
O game roda em 1080p 60fps no Xbox One e Playstation 4 tradicionais, com resolução um pouco superior e com melhorias gráficas no PS4 Pro. No Xbox One X, console que utilizei para a análise, o game chega a bater o 4k em vários momentos sem qualquer queda de frame. Segundo Omoko Hiroki, Game Producer da Bandai Namco Entertainment e Junya Motomura, Game Director da Arc System Works, a renderização de DBFZ no Xbox One X é em 4K nativo, com a resolução dinâmica propiciando um melhor desempenho nas lutas.
A trilha sonora também é de cair o queixo, bem como os efeitos dos golpes e sons já conhecidos do anime, como o aumento do ki, teletransporte, lançamento de energia, entre outros. Tudo muito bem feito.
Conclusão
Dragon Ball FighterZ é o melhor jogo de Dragon Ball já feito. Apesar de algumas falhas, como o online e a falta de dublagem para o Brasil, o jogo é um verdadeiro tributo aos fãs do anime. Eu acho que nunca vou parar de jogá-lo.
*A análise foi feita em um Xbox One X, com uma cópia cedida pela Bandai Namco e também em outra cópia adquira por nós.
Dragon Ball FighterZ já está disponível na Microsoft Store por R$250,00, na PlayStaion®Store por R$249,90 e e no Steam por R$149,90.