O jogo single player de tiro em primeira pessoa que vai te deixar sem fôlego
Tudo o que Wolfenstein: The New Order – um dos jogos mais bacanas no estilo atirador de primeira pessoa – trouxe quando lançado, se manteve em legado para sua eternidade, conquistando milhares de fãs ao redor do globo. Wolfenstein II: The New Colossus
E agora, com um elenco de heróis super-gente-fina e vilões que dão vontade de enfiar um soco na “Oreia”, Wolfenstein II: The New Colossus chega para mostrar que, SIM, a Desenvolvedora conseguiu criar uma sequência de tirar o fôlego. Chega de papo, e vamos conferir como foi a nossa experiência.
Pequena aula de História: Particularmente eu de Wolfenstein, pra quem não sabe, a série começou em (ACREDITEM) 1981 com Castle Wolfenstein lançado para Apple II, MS-DOS, Atari 8-bit, Commodore 64. Muitos de vocês ainda nem eram nascidos nesta época, e sim … o game foi um marco na década, e inspirou outros sucessos como DOOM e Duke Nukem.
Depois dessa rápida análise, acredito que podemos falar bastante sobre TUDO o que Wolfenstein II: The New Colossus significa para nós … GAMERS!
Olha, é SENSACIONAL o quanto a história é envolvente e te da a nítida sensação de que seu corpo, mente e raciocínio estão envolvidos com o desenrolar de tudo. DICA: Não pule as animações (Cutscenes). Posso afirmar que em vários momentos você se entrega é uma dose de raiva e ódio perante a situação doentia de racismo, abuso e crueldade á sangue frio que nos deparamos na história.
Não é que precisávamos de outros motivos para querer acabar com um FILHO DO CAPETA, que estava acabando com todos durante Segunda Guerra Mundial, mas foi extremamente inteligente por parte da Desenvolvedora nos manter com o Sangue Fervendo durante toda a história.
Em outros momentos, a transição para as cenas de comédia são muito show de bola, e tudo isso acontece com uma naturalidade impressionante, até que você precisa seguir vida com o Blazkowicz lidando com sua própria mortalidade enquanto ele tenta superar as feridas que recebeu no final da Nova Ordem .
Wolfenstein II tira de letra toda combinação de diálogos e história. Graças à força impressionante de seus personagens, que são excepcionalmente ousados e caricatos, podemos nos sentir dentro de um filme e reagir emocionalmente com o monólogo interno de BJ, os rancorosos teatros da conspiração da Super Spesh ou o humor no banheiro.
Uma coisa que senti, é que em pouco tempo, cada personagem se auto-afirma e que eles são vitais para a sequência da história – são um grupo de pessoas que por 10 anos passam por uma guerra infernal, e ainda assim eles sobreviveram, rebelaram-se e viveram suas vidas.
E ai, com tantos rostos novos e interessantes, nem todos os personagens do primeiro jogo têm muito a fazer e não recebem muito tempo de tela. MASSSSSS é a malvada general Engel que rouba o show. Ela é imprevisível, e muitas vezes um passo à frente de tudo e todos agindo sempre sem piedade, por puro prazer.
Minha opinião: Engel é, de longe, a vilã mais memorável da história dos games, mais do que Vaas Montenegro em Far Cry 3. Além disso, os flashbacks para a infância de BJ e seu relacionamento abusivo com seu pai também são extremamente perturbadores.
Agora junte tudo isso, e pronto: Você tem o combustível necessário para te fazer perder o rebolado e correr o tempo destruindo e matando Nazistas sem ficar com aquele sentimento de culpa #ConsciênciaLimpa!
Os modos de dificuldade do jogo são uma zoeira a parte:
- Posso jogar, papai?
- Não me machuque!
- Manda ver!
- Fazer ou morrer!
- Me chame de Billy, o Terrível!
- Sou a morte encarnada!
- Mein Leben!*
Começando de cima pra baixo, “Posso jogar, papai?” chega a ser patético de fácil, e pra piorar os Inimigos parecem estar ali só plantados esperando serem decaptados, a facilidade é entendível, mas, para aqueles que preferem ter uma experiência tranquila, começando do zero e praticando tudo que o jogo oferece pode ser legal, recomendamos no mínimo o modo “Não me machuque”
A campanha tem cerca de 14 horas. Dependendo do nível de dificuldade que você mandar bala.(estamos no modo )
Em Wolfenstein 2 você pode aproveitar ao máximo a grande variedade de armas (entre pistola, fuzil, metralhadora, espingarda, granada, etc.) permitindo que você misture, combine e as personalize pra ficar do jeito que você gosta.
O sistema de empunhadura dupla (uma arma para cada mão) é algo bonito de ser ver, tudo fica muito mais preciso e o uso do poder de fogo é duplicado tornando efetivo o combate de perto ou meio alcance. Tudo fica ainda mais lindo quando você precisa disparar contra uma leva de vários inimigos.
A menos que, é claro, você esteja usando uma das fantásticas armas de alta potência recuperadas de soldados nazistas que exigem ambas as mãos, mas geralmente incluem seu próprio modo de alt-fire incorporado.
Dois pequenos aborrecimentos aqui:
- A empunhadura dupla só tem facilidade de acesso em momentos que você não está sob ataque – você não pode interromper a ação para trocar armas. Isso pode ser um processo desajeitado e você precisa selecionar a opção de troca de armas antes de poder acessar a arma da esquerda ou direita. Boa sorte fazendo isso enquanto está sob fogo cruzado.
- Pode parecer palhaçada, mas o simples fato de equipar a segunda arma na mão esquerda se torna um processo sombrio para descobrir como remover a mesma arma e volta apenas a uma única na mão direita. SOFRÊNCIA! Segue o jogo!
Vamos falar um pouco sobre as atualizações/upgrades das armas?
Cada arma possui três potenciais aprimoramentos, como escopos, capacidade extra de munição e outras coisas que mudam seu comportamento de maneiras mais interessantes do que apenas superar a produção de dano.
Os kits de atualização são raros, então as escolhas que você faz são mais importantes – eu só tinha cerca de metade das atualizações possíveis no momento em que terminei (embora eu tenha certeza que perdi alguns).
Outra característica herdada do New Order é o sistema perk, que oferece upgrades quando você mata utilizando por exemplo o tiro à cabeça ou dano de lança-chamas. Isso te encoraja a misturar seu estilo de jogo, e também dá um fluxo constante de recompensas…
BJ pode ser uma máquina de matar com um terno em forma de armadura, mas ele não é um tanque. Portando não “Rushar” a fase.
Você deve seguir em movimento e jogar com cautela para se manter vivo, agarrando itens de saúde, armaduras e munições, onde você pode encontrá-los (muitas vezes ao lado de cadáveres nazistas).
Essa é uma área onde The New Order foi justamente criticado por nos fazer pressionar o botão de pick-up para cada item individual que queríamos agarrar, incluindo fragmentos de armadura de pequeno valor que caíam de inimigos.
Em New Colossus encontramos uma forma muito mais feliz; muitos itens podem ser retirados apenas caminhando por cima deles, um tipo de auto-prisão. Ainda temos que apertar o botão em alguns casos, mas não é tão irritante quanto no primeiro jogo.
Em vários momentos do jogo (e do fato de que eu joguei no nível de dificuldade “Fazer ou Morrer”) eu morri muitas vezes sem saber exatamente o que/como fui atingido. Toda vez que isso acontecia, eu desejava que houvesse um killcam que se concentrasse no inimigo que se me atacou, só pra eu poder ficar exxxxperto na próxima vez.
O BJ é muito exigente na questão de pular objetos. Eu fui morto mais vezes do que eu queria, porque eu fiquei preso em obstáculos invisíveis enquanto tentava abaixar sobre coisas – especialmente nos níveis posteriores.
A série linear de fases em Wolfenstein II é composta quase inteiramente do tipo de configurações lúgubres que você esperaria da América ocupada pelos nazistas. Os restos irradiados de Nova York, as instalações militares e uma Nova Orleans que se tornou um gueto murado são bastante sombrios com um espetáculo ocasionalmente atraente, mas são pontilhados com detalhes e fragmentos de vida legíveis em uma realidade alternativa.
O mesmo vale para o submarino que serve de base para a rebelião de BJ, que é repleto de personagens e excelente diálogo incidental. Alguns desses personagens laterais não se parecem tão bons ao lado de BJ e seu principal elenco de amigos, no entanto vale o ingresso.
Este é um jogo Single Player, e é notável que exista um conteúdo importante após o seu final.
Wolfenstein II recicla alguns de seus mapas para missões de assassinatos (que devem ser desbloqueadas pela coleta de itens de oficiais nazistas mortos) que permitem ganhar algumas atualizações exclusivas com escolhas feitas durante a campanha.
Além disso você já pode adquirir o passe de temporada que conta atualmente com o DLC “As Crônicas de Liberdade” que incluem 3 pacotes:
- As Aventuras de Joe, o Pistoleiro
- Os Diários da Agente Morte Silenciosa
- Os Incríveis Feitos do Capitão Wilkins
Quem é amante de FPS e fã de Wolfenstein não pode deixar passar.
Desenvolvido pela MachineGames e publicado pela Bethesda, Wolfenstein II: The New Colossus foi lançado em Outubro de 2017 para PC (Steam) por R$199,99, para PS4 (PlayStation®Store) por R$199,90 e para Xbox One (Microsoft Store) por R$200,00, e já está previsto para ser lançado em 2018 para Nintendo Switch.
Wolfenstein II: The New Colossus
