Seria este um substituto a altura para o gênero do Basquete de rua?
Desenvolvido pela Saber Interactive, e oficialmente licenciado pela National Basketball Association, o jogo revive a época da nostalgia e se espelha nos consagrados NBA Jam e a NBA Street. O título testa suas habilidades na quadra onde o objetivo é vencer as partidas frenéticas no estilo 2 contra 2. O Universo analisou o game e o resultado dessa experiência você confere agora. NBA Playgrounds
Não é por menos que NBA Playgrounds estava no radar do Universo (e de vocês gamers), afinal de contas fazia muito tempo que esperávamos por um título de Basquete que trouxesse a irreverência e diversão de um jogo que não tivesse regras e que tivesse uma pitada de “forçada de barra” no melhor estilo dos filmes do Michael Bay.
Para aqueles que tiveram a oportunidade de competir na série NBA JAM, sabem do que estamos falando: Um basquete sem regras, com enterradas monstruosas, saltos mais que olímpicos, bolas pegando fogo, arremessos praticamente impossíveis de serem feitos até por um profissional da NBA, enfim muita maluquice num jogo onde conhecer as regras do basquete não tem leva praticamente nada.
Desde o anúncio de NBA Playgrounds a comunidade ficou eufórica, foram semanas de muita conversas entre todos nós, e no QG do Universo não era diferente, todos nós contamos os dias para colocar nossas mãos nesse título. Mas será que ele é tudo isso mesmo? Será que temos um substituto a altura? Será que a empolgação valeu?
A resposta é SIM, maaaaaaaas com vários poréns.
O jogo dividiu muito as opiniões da Equipe do Universo, e por ser tão intrigante conversamos com alguns amigos próximos que tiveram acesso ao game e recebemos mais feedbacks positivos e negativos, portando, eu posso garantir que essa será uma das análises mais difíceis e divertidas que o Universo já fez.
O JOGO
A proposta do título é simples, selecione dois jogadores, inicie uma partida e faça o maior número de pontos para ganhar do seu adversário. Parece fácil né? Mas não é, tem muita coisa por trás dessa proposta.
Primeiro de tudo, ao iniciar o jogo pela primeira vez NBA Playgrounds te presenteia com vários pacotinhos de figurinhas dos principais jogadores dos 32 times oficiais da NBA. Todos os jogadores presentes possuem diferentes atributos que são vitais para a composição do seu time.
Por exemplo, um pivô (jogador mais alto) é ótimo para proporcionar tocos, enterradas e disputar a primeira bola do jogo que aliás é super importante para você começar com mais pontos na frente do seu adversário, mas é lento para correr em direção ao garrafão. Já um armador tem velocidade, agilidade e precisão nas bolas de 3 pontos.
É hora de rasgar todos os pacotinhos e conferir o que tem dentro: Cada pacote possui 5 cartas que lhe dão direito a jogadores comuns. Todos os jogadores são nível bronze e conforme você os utiliza tem seu nível elevado para Prata e consequentemente Ouro.
UM DETALHE: NBA Playgrounds conta também com jogadores Épicos como Kevin Durant e Lendas como Magic Johnson e Shaquille o’Neal. Para desbloquear esses pacotes de cartas é preciso atingir novos níveis do seu perfil no jogo.
TA MAIS E AI?
Depois de rasgar todas as figurinhas é hora de começar a quebradeira, a sua primeira (e única) opção é o modo exibição, e é a partir daqui que começam os nossos poréns.
Primeiro de tudo: Precisamos escolher os dois jogadores que farão parte da nossa dupla. O sistema de seleção é até simples, basta selecionar um time da NBA que possui jogadores disponíveis e montar sua estratégia. Veja que só é possível escolher os jogadores que você ganhou abrindo seus pacotes de cartas, os outros estão bloqueados.
A partir daí começa uma espécie de show de terror; O modo de carregamento do jogo é “horrívelmente” lento, da pra ir buscar uma água, ir no banheiro, pegar um vôo pra Disney e voltar, que ainda ta rolando.
Na mesma tela de carregamento é possível ver os controles de ataque e defesa, de início pode parecer um pouco complicado para alguns, mas basta jogar algumas partidas e os dedinhos já entram em modo automático.
Depois do eterno carregamento vem a alegria; o jogo vai começar, a música é show de bola, basta apertar o START para que a bola suba e com o “Y” você acerte o tempo para ter domínio da peteca.
Outro show de horror: Como falamos, o modo exibição tenta ser um tutorial quando jogado pela primeira vez, mas é bem falho na nossa opinião. Não existe um passo a passo para treinar e sim os indicadores visuais para que você “decore” o que precisa ser feito.
O que mais nos chamou a atenção é que ao arremessar uma bola de 3 pontos é possível ver no “Tutorial” que existe um indicador visual que mostra o momento exato quando você deve arremessar: Solte o botão muito cedo ou muito tarde e perca o arremesso, tudo deve ser feito com muita precisão. Logo depois não existe mais nenhum indicador, tudo deve ser feito no “chutometro”.
Com isso a dificuldade aumenta e a pressão também já que a Inteligência Artificial do jogo não perde tempo e consegue fazer tudo que quer durante a partida.
No modo exibição o seu resultado final vale tanto para evoluir seus jogadores quanto para evoluir seu nível pessoal, além disso as conquistas podem ser desbloqueadas e principalmente “farmar” pontos para desbloquear as Figurinhas Lendárias.
JOGABILIDADE
A jogabilidade é bem simples e ao mesmo tempo complexa, se você é uma pessoa acostumada aos jogos do gênero querendo ou não acaba tendo uma facilidade maior. Mesmo sendo um modo arcade os controles e sua movimentação é bem semelhante simuladores, mas para novos jogadores pode ser um pouco complicado.
Na maior parte o que você tem que fazer é saber o momento exato de apertar e soltar o botão de ação; nem muito cedo nem muito tarde – no momento exato, tanto é que quando você realiza um arremesso considerado “perfeito” você ganha até uma bonificação de um ponto adicional.
O jogo tem uma variedade de movimentos que agrada demais qualquer adepto do basquete, crossovers malucos dando cambalhotas mortais, passes mirabolantes, enterradas magnificas com muitas variações que você fica tipo de boca aberta com os movimentos dos jogadores.
Além disso derrubar seus adversários quando enterra, e fazer distribuição de tocos te deixa bem eufórico, parece que o jogador está pronto pra realizar o ponto e do nada aparece um voando evitando a jogada.
Os especiais do game também agradam muito, coisas como acelerar o tempo de posse de bola do adversário, energia por um tempo ilimitado, arremesso perfeito, pontuação dobrada muitos outros deixa o jogo mais competitivo e também pode ser uma maneira de abrir o placar e criar uma boa diferença. Para acionar os especiais é preciso fazer enterradas, tocos e assistências até encher sua barra no limite.
EVOLUÇÃO
A evolução dos personagens é algo que está ali só para marcar presença e ter a questão RPG de diferenciação do jogo. O lance é te prender ao jogo e fazer você evoluir seus personagens pouco a pouco até o nível Ouro.
O game tem uma variedade bem grande de jogadores, e segundo a produtora, esta vai aumentar com o passar do tempo.
A inteligência artificial do jogo é algo que vai te fazer perder alguns fios de cabelo, se por um lado deixa um pouco a desejar, por outro lado sobra “apelação” em alguns momentos e chega a ser impossível reverter o resultado da partida.
O legal que o jogo não conta com micro transações: para você desbloquear novos jogadores, arenas, bolas, basta você ir ganhando os desafios, os torneios e subindo de nível.
MULTIPLAYER
O modo multiplayer consiste no ponto mais delicado do jogo. Basicamente você joga com sua dupla contra qualquer outra pessoa que esteja procurando uma partida online. Vamos listar rapidamente o que sentimos:
1) Você não pode convidar um amigo para controlar o segundo jogador do time, logo não existe modo Co-Op (por enquanto).
2) Não é possível convidar amigos para jogar contra, ou seja você deve por obrigação pesquisar uma partida online e jogar aleatoriamente contra qualquer pessoa (por enquanto).
Particularmente eu estava empolgado em juntar com mais 3 amigos e formar duas duplas para jogarmos contra, ou pelo menos com mais um amigo e disputar algum modo multiplayer ou cooperativo, mas essas opções não fazem (ou não farão) parte do NBA Playgrounds.
GRÁFICO E SOM
O game tem os gráficos bem legais, como são várias arenas espalhadas pelo mundo, cada uma tem sua aparência de acordo com o local; Las Vegas por exemplo é aquela arena toda iluminada com luzes e neon, já em Tokyo temos uma quadra totalmente nipônica.
O trabalho com os rostos dos jogadores deixa um pouco a desejar. A ideia de tornar tudo algo mais caricato pareceu não levar tão ao pé da letra.
Tem muitos jogadores que nem são tão populares e são muito parecidos com a realidade mas também tem muitos jogadores que são populares e não se parecem nem um pouco com o verdadeiro.
A qualidade sonora do jogo é muito bacana e é possível ouvir nos vários momentos durante as enterradas, explosões de movimentos e cestas o modo como o narrador leva a partida, fazendo vários comentários na “zueira”, gritando que nem um louco quando sai uma jogada espetacular, tudo isso deixa bem bacana o ambiente.
As músicas que tocam durante a partida também são relacionadas com a cultura da arena, utilizou-se o estilo musical do local com uma leve mixada no tradicional hip-hop, mas, esperávamos uma variedade maior.
Nos menus acabamos ficando um pouco decepcionados pois não existe uma variação de músicas; o que tem é legal pois foi produzido pelos próprios desenvolvedores, mas, poderiam ter colocado uma quantidade maior ou até ter tentando algumas licenças com alguns artistas.
NBA Playgrounds está disponível por R$ 42,00 no Nintendo eShop, por R$ 39,00 na Xbox Live, por R$ 61,50 na PSN e na Steam por R$ 36,99 .