Watch Dogs 2 – Análise

Dois anos após o lançamento turbulento de Watch Dogs, chega ao mercado Watch Dogs 2. O novo episódio da franquia promete melhorar os erros do título anterior e trazer um jogo mais leve, mais divertido e vibrante. Será que a Ubisoft conseguiu? Confira a análise que o Universo preparou sobre esse grande título.

História

Ao contrário do primeiro título, Watch Dogs 2 possui uma história menos densa e mais genérica, além de ser mais divertida em comparação a história de Aiden Pearce em Watch Dogs. Em outras palavras, enquanto o primeiro parecia um thriller de suspense, Watch Dogs 2 está mais para um filme de ação/comédia.

Na história você controla Marcus Holloway, um hacker que acaba de ser recrutado pelo DedSec, grupo hacker que possui uma única missão: acabar com os planos da Blume, empresa responsável por reformular o sistema operacional da ctOS além de outros interesses.

O objetivo do ctOS é “criar” cidades inteligentes onde tudo é controlado por computador, apesar de venderem segurança, a Blume na verdade utiliza o ctOS para vender os dados pessoais dos seus usuários, e é justamente nesse ponto em que você junto ao DedSec irá desenvolver o plot central da história.

A turma do DedSec

O DedSec antes um mero coadjuvante no primeiro jogo, agora rouba a cena e torna-se o protagonista do jogo. Marcus entra para o grupo e toma a liderança da equipe, fazendo com que todos os personagens do DedSec possuem papéis fundamentais para o crescimento do grupo.

O grupo de hackers mantém-se do primeiro para o segundo jogo, mas agora ele têm uma participação mais importante no plot central da história além de que você não está mais sozinho em busca de justiça. Temos toda uma equipe – um programador, outro que é bom com equipamentos, um espião e por fim uma artista – que ajudarão Marcus, cada com sua competência distinta a fazer com que o grupo tenha cada vez mais pessoas unindo-se à sua causa, medidor principal para que os jogadores avancem na história principal.

A Bay Area

O jogo se passa na conhecida baía de São Francisco, lar do Vale do Silício e das maiores empresas de tecnologia do mundo. Lugar extremamente sugestivo para a instalação da Blume, companhia vinda do primeiro episódio e alvo da ira dos hackers de todo o mundo.

A localização do game é ótima, levando os jogadores a conhecer os lugares mais importantes dessa região americana. Com certeza vocês vão se perceber admirando os ambientes por diversos momentos.

Jogabilidade

O jogo evoluiu em relação ao primeiro episódio. O parkour lembra muito a série Assassin’s Creed, onde os personagens usam deste esporte para desviar de obstáculos durante o desenrolar da história. Estamos falando de um jogo de ação, então como todos imaginam você pode sair atirando para todos os lados, mas dificilmente terá sucesso, por isso o jogo leva você a ter uma abordagem furtiva, utilizando de vários artefatos não letais, como um taser, além de um tipo de iô-iô do demônio, o grupo possui também uma impressora 3D em seu QG, o que possibilita a criação de novas armas e acessórios.

Temos agora quebra cabeças mais elaborados, que farão com que você precise queimar um pouco a sua massa encefálica para conseguir evoluir nas missões. Outra evolução bastante prazerosa e que faz com que você precise de cautela nas escolhas é a árvore de habilidades, você precisa pesar as suas escolhas antes de sair habilitando qualquer nova habilidade que ver pela frente.

Com toda certeza o insucesso do primeiro Watch Dogs fez com que a Ubisoft tivesse uma preocupação maior com relação a jogabilidade para que não acontecesse o mesmo cansaço e repetições existentes. Ponto para a Ubi!

Som

O game entrega uma qualidade sonora de qualidade, mas poderia ser melhor, com certeza. Nada que desabone a qualidade final. O ponto ruim e que não foi a primeira vez que vimos foi a falta da dublagem em certas falas dos NPCs.

Um QA mais bem feito por parte tanto da Ubisoft quanto da empresa brasileira responsável pela dublagem evitaria esses problemas.

Multiplayer

Bem importante para o sucesso de Watch Dogs 2 é o seu modo cooperativo. Você pode, e deve fazer várias coisas ao lado aquele amigo do peito, mesmo que seja só para dar um rolê por São Francisco.

A conexão entre jogadores é feita pelo apertar de um simples botão, bem mais simples do que no jogo anterior e, sim, jogar em cooperação utilizando o arsenal de cada um dos jogadores é muito bom, além dos modos invasão e caçador de recompensas são muito divertidos e recompensadores fazendo você estar sempre atento as abordagens de ataque e defesa.

Gráficos

O acabamento do jogo precisa ser aplaudido de pé. A imersão à cidade de São Francisco e todo a cultura High Tech que vive entorno da baía ficou impressionante. Tudo deu uma melhorada se comparado ao último jogo. Todo ocorre com uma fluidez sútil, com pouquíssimos bugs. A temática hacker está implementada em todos os aspectos gráficos do jogo e só contribuem para a imersão dos jogadores.

A Ubisoft parece ter aprendido com as porradas que tomou nos últimos jogos com relação a parte gráfica e entregou algo bastante polido desta vez.

Conclusão

Watch Dogs 2 vem bem mais completo e bem finalizado do que seu antecessor, sendo bastante divertido, deixando de lado a monotonia do primeiro game da franquia. O game possui ótima história, mesmo que rasa em alguns momentos, com uma progressão bem conduzida que faz que o jogador se prender a tudo o que ocorre ao seu redor.

Desta vez a Ubi está de parabéns pelo trabalho feito, eles com certeza aprenderam com os erros do primeiro game e entregaram um game bem completo desta vez. Quem pegar, com certeza não irá se arrepender.

Watch Dogs 2 está disponível na Windows Store por R$199,00.