Dead Rising 4 – Análise
Dead Rising 4, game com temática terror-sobrevivência de mundo aberto chega ao Xbox One e Windows 10. Desenvolvido pela Capcom e publicado pela Microsoft Studios o jogo foi oficializado na E3 de 2016 e se tornou um dos maiores títulos-expectativas de 2016. dead rising 4 – análise https://www.youtube.com/watch?v=lEMu_2b1JIQ
O game tem como destaque o retorno de Frank West, e se passa na cidade de Willamette, Colorado durante a “deliciosa” época de Natal. Será que a Capcom conseguiu manter o sucesso de Dead Rising 3? Acompanhe tudo em nossa delicada análise.
Vamos fazer um Esquenta!
Para quem não acompanhou a as últimas notícias publicadas sobre Dead Rising 4, o game não é uma sequência de Dead Rising 3 e sim a continuação dos Dead Rising onde Frank é protagonista.
Chegou a se cogitar que o título seria um Remake, mas está mais para Spin-Off. De qualquer forma a Capcom volta a sua origem com o título de 2016, 3 anos após o lançamento de DR3.
Campanha
Como falamos acima o jogo se passa durante o Natal no cenário do game de estreia, 16 anos depois da história original. E após um novo surto de zumbis, Frank West vai até o local para investigar e impedir a infestação.
Frank continua o mesmo fanfarrão de sempre e com visual bem parecido com os dos primeiros games – além de ter o conhecimento prévio que precisa para lidar com uma nova ameaça de zumbis.
A história
O jogo novamente tem como ponto central um shopping infestado pela praga. Agora temos pelo menos dois zumbis novos – um que corre bastante e outro que lembra a Witch, de Left 4 Dead.
A diferença é que Frank já é um cinquentão (apesar de aparentar estar na casa dos 30) e agora a infestação se espalhou às vésperas da Black Friday, a data anual de frenesi consumidor que abre oficialmente a temporada de compras para o Natal.
Mas a nova visita a esses conhecidos corredores do grande shopping de Willamette tem uma significativa atualização: ele foi redecorado com novas áreas temáticas e um sistema de esgoto subterrâneo, além de uma boa área jogável do lado de fora do centro comercial. “É cerca de 65% dentro e 35% fora do shopping”, disse Paul Murphy, produtor de Dead Rising 4, que também confirmou que a equipe de desenvolvimento tem prestado atenção ao feedback dos usuários.
Jogabilidade
A julgar por tudo que vi e joguei, a Capcom Vancouver acertou na veia aquilo que faz de Dead Rising uma abordagem singular e inovadora dos games de zumbi, e deve dar outra injeção reanimadora na série quando o próximo capítulo for lançado “nas férias de final de ano” de 2016.
Estou em um playground lotado de sacos de pancada cujo único propósito é estar ali, perambulando e gemendo e sacolejando lentamente em minha direção, quando A) percebo que posso armar uma balista com dinamite; e B) quero ver o que acontece quando puxo o gatilho. É um simulador de caos e, pelos quinze minutos que passei transformando zumbis em poças de sangue, parece que desta vez a intensidade está no nível máximo.
A habilidade de juntar coisas com fita isolante para criar armas combinadas capazes de abrir buracos na parede e de provocar risos histéricos está de volta com uma novidade dos infernos — espere até aplicar nitrogênio líquido em uma espada — , só que desta vez, a Capcom extrapola as ferramentas fantasiosas a seu dispor e faz do mundo de jogo a sua caixa de ferramentas.
Quer outro exemplo? Primeiro, temos a horda: os lentos e trêmulos cadáveres que todos conhecemos e adoramos usar para praticar tiro ao alvo. Depois, há o que a Capcom chama de “recém-infectados”. Esses sujeitos não estão assim há muito tempo: são mais rápidos, ainda possuem uma certa habilidade cognitiva e podem fazer tudo o que Frank faz. Se você subir em uma lixeira, essas coisas vão te encontrar lá em cima.
Por último, os zumbis evoluídos conhecidos como “EVOs”, que desenvolveram uma resistência, ou mutação, contra o vírus, mas que não é suficiente para impedir que se transformem. Portanto, são totalmente capazes de perseguir fotógrafos de nome Frank usando táticas e habilidades sobre-humanas.
Novidades
O jogo traz duas novidades: A primeira são as exo-armaduras, uma roupa especial que dá um tipo de superforça. Com ela, Frank fica praticamente invencível e consegue despedaçar hordas de zumbis sem esforço. É bem divertido.
A segunda é a separação das armas em três categorias, cada qual com um botão exclusivo no controle. Para disparar as armas de fogo você aperta o gatilho direito. Já as granadas e itens arremessáveis ficam no botão de ombro esquerdo, enquanto as espadas, machados e outros itens de contato são usados pressionando o botão X.
Uma outra mudança relacionadas ao feedback foi deixar as ruas mais acessíveis para os veículos, o que deve fazer com que os rolês em ATVs eletrificados e jipes com catapultas de zumbis em chamas sejam ainda mais divertidos.
Exo-esqueleto
Em Dead Rising 4 você coloca as mãos em um exoesqueleto, que é essencialmente uma armadura de força. Apesar de ter uma bateria limitada, o uso da peça transforma você em uma versão humana e praticamente invencível do Hulk. Seus socos transformam zumbis em jatos de vapor vermelho e nojeiras cor de rosa. Você arranca placas de trânsito e parquímetros do asfalto e os balança feito louco para causar efeitos devastadores.
Pode jogar carros para o alto com socos, chutes ou simplesmente chocando-se contra eles. O melhor de tudo é que, com a força extra, você pode carregar mega-armas como chain guns ou lança-chamas gigantes. E ainda dá para ter quatro jogadores cooperando para completar missões e atravessar as hordas de mortos-vivos, ou se juntar a uma quick match e entrar em uma partida em progresso com jogadores combinados aleatoriamente.
Multiplayer
O game não incorporou o modo cooperativo, o que pode ser uma tragédia para alguns jogadores, por outro lado para aqueles que querem curtir com os amigos, agora é possível jogar o modo multiplayer escolhendo um dos 4 personagens disponíveis e completando missões para desbloquear 4 capítulos desta opção.
Os capítulos não possuem referência com a história do jogo, e sim com o formato criado exclusivamente para atender o multiplayer. Você começa dentro do Shopping e vai evoluindo por outros cenários.
Seu personagem recebe pontuações e experiência para subir de level, e com isso poderá se tornar mais forte, ágil e arisco para combater as hordas de Zumbis. Particularmente eu preferia ver o modo co-op para a campanha.
Gráficos
Um dos pontos mais peculiares do jogo: Dead Rising 4 não evoluiu na questão gráfica, manteve o sua mesma “pegada” visual dos primeiros jogos da franquia. Isso pode ser um divisor de água para os mais conservadores, ou aqueles (como eu) que se encantaram com Dead Rising 3.
Em alguns momentos é possível ver falhas e serrilhados por todos os lugares, talvez uma atualização possa corrigir esses detalhes e dar um pouco mais de condição visual. Por outro lado aqueles que querem apenas espancar Zumbis, ver sangue voando pra todo lado, tem um prato cheio.
Conclusão
A principal graça dos títulos anteriores era se planejar para ter tempo de fazer todas as missões que surgiam e, é claro, resgatar todos os sobreviventes. Você ia conhecendo as rotas mais seguras, os melhores lugares para itens de cura e descobrindo algo novo a cada ronda pelo shopping de Willamette ou pelos cassinos de Fortune City. O bom humor, os personagens excêntricos e as referências a filmes de zumbis estão ai e Dead Rising 4 entrega o que se espera da franquia, nada a mais, nada a menos.
Pontos Positivos
- Diversão garantida
- História bem adaptada
- DNA Dead Rising
Pontos Negativos
- Falta o modo cooperativo online
- Gráficos nem tão evoluídos
- Controles um pouco difíceis de se adaptar
Dead Rising 4 já está disponível na Microsoft Store por R$199,00.