Seis anos depois do último lançamento, a franquia Mafia está de volta! E voltou com tudo. A Hangar 13, produtora, e a 2K, publicadora, trouxeram para o mercado um jogo com uma história digna de filme.
A coragem dos roteiristas merece ser aplaudida. Mas… Será que nos outros quesitos o game fez jus ao preço e fama de blockbuster? Confira agora na nossa análise.
Campanha – Mafia III
Mafia 3 traz uma campanha única. Como já disse anteriormente, a coragem dos desenvolvedores e roteiristas da Hangar 13 foi assustadora. Eles abordaram temas importantíssimos e muito discutidos hoje em dia: racismo e sexismo. Para isso, não pouparam esforços ao mostrar quão racista e machista era a sociedade americana em meados dos anos 60.
A organização criminosa “mafia” em si, fica em segundo plano muitas das vezes. Se você espera um Poderoso Chefão, pode tirar o cavalinho da chuva. O terceiro game da franquia conta a história de Lincoln Clay na cidade fictícia de New Bordeaux. Um rapaz negro e órfão que foi acolhido por uma família da mafia negra, liderada por Sammy.
Após servir ao exército americano na Guerra do Vietnã, Clay encontra sua família devendo dinheiro para o maior mafioso da cidade: Sal Marcano. Após fazer alguns trabalhos para Sal, o militar se vê traído pela gangue dos brancos. E é aí que começa sua jornada de vingança.
Para conseguir alcançar seu objetivo final, você terá alguns parceiros. Eles te ajudam com dinheiro, informação e armas. Falando nisso, a variedade de armas é boa, mas em minha experiência fiquei apenas com uma pistola semi-automática e um fuzil. Um ponto negativo do mundo aberto de Mafia 3 é que não temos a opção de viagem rápida. Já o positivo fica por conta da trilha sonora boa que ouvimos nas rádios. Fazer uma viagem longa se torna muito mais relaxante.
Durante a campanha, também há a possibilidade de procurar colecionáveis. Dentre estes, os principais e mais diferentes são as revistas Playboy. Sim, o game traz a famosa revista de mulheres nuas! Obviamente, não estão completas, a cada Playboy uma ou duas fotos vem junto.
Gráficos
A beleza gráfica de Mafia 3 é estonteante. Os detalhes são o que fazem a diferença. A pele dos personagens, a expressão facial e até as roupas foram feitas com muito esmero. Apesar disso, há problemas na renderização do game. Sofri muitas vezes com o delay de render em carros distantes.
Outro problema assustador até foi o “eclipse”. Absolutamente do nada enquanto andava de carro por New Bordeaux um bug de iluminação causava um eclipse na cidade. Quanto a queda de quadros, um fato muito discutido nos dias atuais, não sofri muito. Duas ou três vezes no máximo.
A movimentação de todos os personagens, principais ou não, é bem fluida e realista. O estilo gráfico, a posição de Clay na tela e até a própria movimentação de Mafia 3 lembra muito Quantum Break.
Jogabilidade
No quesito gameplay, o jogo não brilha, mas também não decepciona. A jogabilidade em si é muito boa. Mafia 3 é gostoso de jogar. Há a opção de jogá-lo todo em stealth ou “rambo mode”. A escolha é totalmente sua. É possível mirar, atirar, dar cover e fazer neutralizações furtivas.
Infelizmente, a inteligência artificial do jogo é bem fraca. E quando digo fraca significa que é burra, cega e surda! É possível matar um inimigo no campo de visão do outro e ele nem ligar. O que torna o stealth bem mais fácil. Outro fato triste é a repetição constante da aparência dos NPCs.
Veredito
Mafia III segue a linha da franquia: mundo aberto, boas musicas no radio e um roteiro de cair o queixo. Mesmo quem só está assistindo, se diverte e se intriga com a história do primeiro e segundo jogo. No último da franquia isto não é diferente. Inclusive, a abordagem crítica deste game é algo que tem de ser aplaudido de pé! A coragem que os roteiristas tiveram foi algo muito importante. Era preciso falar do racismo, do sexismo e dos problemas que as minorias sofriam nos anos 60 e que, infelizmente, sofrem até hoje.
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