Esqueça todas as suas concepções sobre jogos e sobre a forma como você interage com eles. análise dear esther
Foi difícil para a equipe do Universo avaliar este título com base no que costumamos levar em consideração para recomendar ou não um título. análise dear esther
Considerando esta premissa, optamos por avaliar o jogo de uma forma diferente e não levando em conta os critérios habituais de campanha, jogabilidade, qualidade sonora e diversão. análise dear esther
Dear Esther vai além disso e o resultado desta experiência você confere agora.
ANÁLISE DEAR ESTHER
Em Dear Esther você acorda em uma ilha deserta, mas não uma ilha paradisíaca. É uma ilha fria, monótona e sombria. Você não possui nenhuma ferramenta ou equipamento.
Tudo o que possui é a necessidade de caminhar e seguir sua trilha. E é nessa trilha que você entende a proposta do jogo. análise dear estherAo caminhar pelo cenário sua personagem vai soltando pequenas falas. São na verdade memórias e contam a você a história por trás de tudo.
A cada nova fala, mais você se vê compelido a continuar e descobrir o que aconteceu com o protagonista.
Esta é a grande sacada de Dear Esther. As falas são como pequenas cartas enviadas por você à sua esposa, Esther. E a cada nova fala mais mistério é adicionado à trama.
Não podemos revelar muito, pois caso contrário toda a sua experiência de jogo estará arruinada. Mas acredite: o Plot Twist no fim do enredo é sensacional e faz valer a experiência.
Mecânica
A mecânica é muito básica: você apenas caminha. Não há saltos, tiroteios, interação com o cenário, inimigos… Nada. Apenas você, sua caminhada e suas memórias.
Eis aí o grande motivo para ficarmos encantados com Dear Esther: A proposta do jogo é apenas que você tenha a sua própria jornada. Ao longo da sua caminhada, você perceberá inscrições, desenhos, imagens e objetos que trarão significado às memórias e à forma como você as interpreta.Não se trata de um jogo épico, com ação insana ou com desafios super complicados. Se trata apenas de um título que interage com o jogador sob a forma como ele vê o tema discutido no jogo e dá à ele inúmeras e possíveis interpretações.
A duração é bem pequena: em média 3h-4h para que todas as conquistas sejam destravadas. A campanha principal será realizada em mais ou menos 1h30, mas acreditem e sigam nossa dica: Vale totalmente a pena.
Gráficos
Os gráficos são medianos para a maioria dos jogos, mas considerando que este é um título independente estão acima do habitual.
Os cenários dentro das cavernas da ilha são de cair o queixo, apesar de uma textura de baixa qualidade aqui e ali. De forma geral, não desapontam aos jogadores mais exigentes (dentro de suas limitações, claro).A trilha sonora beira à perfeição para a proposta e casa muito bem com todo o ar de mistério que o título apresenta. Não é perfeita, mas tornou a experiência tão imersiva que sem ela não teríamos tido a mesma relação de imersão com o jogo que tivemos.
Se possível, experimente o título com headsets 7.1: farão uma boa diferença na qualidade do áudio durante sua experiência.
VEREDITO
A grande discussão por trás deste título está justamente em como nós estamos acostumados a interagir com os jogos de videogames.
Em diversos momentos, ainda no início da campanha, apertávamos todos os botões para entender quais eram as possíveis interações e ações que devíamos realizar, até entendermos que, na verdade, o jogo se trata de uma experiência contemplativa.
Sim, Dear Esther é um jogo para ser contemplado e não apenas jogado. Consideramos que muitos jogadores não gostarão do título, visto sua proposta nada tradicional.
Mas aos que buscam uma interação um pouco mais profunda e a discussão de temas não muito habituais nos videojogos, com certeza esta é uma excelente pedida.
Pegue sua poltrona, sente-se com a mente aberta e contemple toda a experiência que a jornada magnífica de Dear Esther pode te proporcionar.
$9.99